Apresentação


A net arte se camufla entre sites, blogs, de modo que não é necessário ser sabido de arte para participar, tampouco precisa de um convite. Pode-se acessar uma obra on line sem saber que se trata de uma obra de arte. É certo que os caminhos que levam a um trabalho de web arte são comuns aos que fazem parte do circuito artístico. Ainda assim, talvez valesse uma pesquisa para saber como cada usuário da rede acessou a página de uma obra, acredito que poderia se encontrar surpresas.

Bem, apresento aqui, a minha descoberta!

Rancière colocou que a política da arte pode agir em três lugares: a arte pública, o espaço do museu e da exposição e a transição entre o museu e o seu exterior. Acrescento um quarto espaço, o espaço virtual. O autor também expõe que a arte é política na medida em que se coloca em determinada posição espacial ou temporal – dentro ou fora, junto ou separado - do que for... Mais que uma opinião ou mensagem acerca das estruturas sociais, dos conflitos políticos, etc., trata-se de uma postura que se assume dentro do próprio campo artístico; assim, a obra de arte política age dentro do mundo das artes. A partir desse ponto de vista de Rancière e da descoberta desse novo lugar, me concilio com a política na arte.

A partir do banco de dados Territorialidade e Subjetividade: Cartografia e Novos Meios - http://territorialidadeterritoriality.blogspot.com - fiz um recorte de obras de arte que têm relação com temas sociais e de questionamentos políticos. Este projeto faz parte da pesquisa em Territorialidades na Arte Contemporânea:Tecnologias Digitais, Hipertexto e Interatividade sob coordenação da professora Maria Amelia Bulhões do Instituto de Artes da UFRGS.



Natália Chaves Bandeira – Bolsista de Iniciação Científica